top of page
  • Facebook
  • Twitter
  • Pinterest
  • Instagram

Dieta Personalizada (NUTRIGENÔMICA)

A nutrigenômica faz parte de um novo gerenciamento de estilo e qualidade de vida, que foi fruto de um estudo realizado há cerca de dez anos, por pesquisadores que buscaram explicação para a interação entre o genoma humano e os nutrientes dos alimentos, com o objetivo de promover a saúde por meio de uma dieta geneticamente personalizada. O que isso quer dizer?

Basicamente que, em um futuro próximo, seu mapa genético poderá otimizar muito suas consultas, pois, com base nisso, seus diagnósticos e tratamentos serão mais precisos, de acordo com a forma como seu metabolismo e organismo respondem a cada nutriente ingerido. Ou seja, aquela dieta que parece nunca funcionar com você relaciona-se justamente com isso, pois seu mapa genético já apresenta o que irá ou não causar efeito no seu corpo. Alguns nutrientes, por meio de mecanismos epigenéticos, são capazes de “ligar” e de “desligar” diversos genes relacionados a doenças e aos processos de envelhecimento. Um bom exemplo são os brócolis, conhecidos por serem ricos em nutrientes importantes. Têm uma molécula específica, chamada de “sulforafano”, capaz de inibir a expressão de genes ligados ao processo de desenvolvimento do câncer. Também existem os ácidos graxos poliinsaturados, como o ômega 3, encontrado no salmão, nas castanhas etc. Esses macronutrientes são responsáveis por ativar genes que protegem contra doenças cardiovasculares e neurodegenerativas. Por outro lado, alimentos processados podem conter diversos aditivos e substâncias químicas que estimulam a ativação de genes relacionados a muitas doenças crônicas. A nutrigenômica, portanto, considera os estudos de interação funcional e dos componentes com o genoma. O código genético de cada indivíduo contém todas as informações necessárias para a manutenção do corpo humano e, deste modo, é possível identificar uma tendência patológica que pode se manifestar em algum estágio da vida. Você deve conhecer como “gene do diabetes”, “gene do câncer de mama”, entre vários outros “genes” que dizem que está predisposto a ter tal doença, se for caso de histórico familiar.

Se a nutrigenômica promete nos ajudar a descobrir qual é a influência da dieta na estrutura e na expressão dos genes, favorecendo condições de saúde em vez de doenças, alguns podem pensar que uma dieta única poderia beneficiar a todos, como uma solução ou chave do mistério da humanidade. Mas se formos pensar em termos científicos, cada indivíduo possui uma constituição genética diferente, ou seja, isso afeta diretamente a forma como a dieta funciona para seu organismo. Logo, quando falo que aquela amiga, ou amigo, que te passou a “dieta milagrosa” que a fez melhorar de saúde, qualidade de vida etc., e você tentou, mas não funcionou do mesmo modo com o seu corpo, é exatamente por isso. A Nutrigenética, portanto, nos diz o porquê de a ingestão de alimentos não ser benéfica ou maléfica para todos. Temos de pensar que a constituição genética individual é a estrutura de tudo, o norte de como a dieta vai funcionar ou não para cada um. A própria escolha de alimentos e o nosso apetite dependem disso! Temos nossas próprias necessidades, que dependem do que os nossos genes “pedem” para o bom funcionamento do nosso organismo, ou seja, alimentos, nutrientes e compostos bioativos variam de indivíduo para indivíduo e isso quer dizer que influenciam o risco individual de doenças ao longo da vida. A nutrigenômica busca entender quais são os alimentos, nutrientes e compostos bioativos que influenciam nosso genoma, e sua capacidade pode, em um futuro próximo, identificar quais grupos de pessoas se beneficiam do consumo de determinado produto. Entender tudo isso é um passo para ver o risco de doenças crônicas não transmissíveis cada vez mais longe de nossas vidas. Com o aprofundamento desses estudos, será possível descobrir como cada alimento se relaciona com o seu organismo para que os riscos de doenças que já carregamos em nosso genoma possam ser prevenidos e como responderemos à dieta prescrita com base na nossa constituição genética. Os alimentos podem afetar a estrutura do DNA e o funcionamento dos genes; portanto, quanto mais íntegros os genes estiverem, menor será a probabilidade de se desenvolver a maioria das disfunções como câncer, infertilidade, distúrbios de crescimentos e doenças degenerativas do cérebro, como o Alzheimer. Isso acontece porque diversos fatores agridem o DNA fazendo com que ele deixe de “funcionar como deveria”. A deficiência de nutrientes em nosso organismo é um desses fatores agressores, e de acordo com cientistas do mundo todo, a alimentação é a mais perigosa por ser cotidiana, de modo que as pequenas variações na concentração de nutrientes podem afetar a estrutura do genoma. O que isso quer dizer, na prática, é que o modo mais seguro de não sofrer nenhuma doença – predispostos ou não a tê-la –, seria não sofrer carência de nenhum nutriente durante as refeições. Um exemplo comprovado disso é o suplemento de farinha de trigo, o folato e as vitaminas B que podem evitar a doença da espinha bífida, e o consumo de aveia que atua como uma vassoura em nosso organismo, pois elimina toxinas e diminui o colesterol LDL. O suco integral de uva (orgânico, sempre) também é um poderoso aliado, pois é rico em resveratrol e outros flavonoides que atuam como um poderoso antioxidante e anti-inflamatório natural, além de evitarem a formação de gordura nos vasos sanguíneos. O azeite de oliva extra virgem é rico em ácidos graxos que protegem o corpo, o cérebro, o sistema nervoso e o coração e atuam como uma barreira para o organismo. O açaí funciona como uma melhora para o intestino e revitaliza nossa energia porque contém vitaminas, ferro, cálcio, potássio e fibras. Mas seu consumo não pode ser exagerado, assim como tudo na vida. Os peixes também são extremamente necessários para o bom funcionamento do nosso organismo e a prevenção de doenças, pois são ricos em ômega 3 e ajudam na prevenção de doenças cardiovasculares e câncer. Eles controlam a pressão arterial e têm efeito positivo no tratamento de depressão. Para quem tem risco de contrair diabetes tipo 2, sofrer um infarto ou ter hipertensão arterial, a castanha-do-Pará não pode sair do cardápio. Ela possui grandes quantidades de vitaminas e minerais, principalmente o selênio, que atua no controle da tireoide, e o zinco, que auxilia na melhora do sistema imunológico. A quinoa é a “menina dos olhos da ONU”, pois é considerada um alimento completo e perfeito, contendo muita quantidade de aminoácidos, vitaminas, minerais, carboidratos, fibras e nutracêuticos. Inúmeros estudos comprovam sua eficácia contra doenças cardiovasculares, câncer, derrame, depressão, entre outras. Com o consumo regular desses alimentos, podemos alterar beneficamente nosso DNA, fazendo com que ele continue funcionando bem e que certas doenças não apareçam ao longo dos anos. Mas, antes que vocês comecem a sair por aí pesquisando tudo quanto é alimento bom para o corpo segundo os sites da internet, saibam que a melhor e maior dica que vocês podem ter em relação à alimentação é buscar alimentos livres de agrotóxicos e transgênicos, o mais naturais possível. Comer refeições industrializadas, muito processadas e pobres em nutrientes pode fazer com que o corpo careça cada vez mais de importantes substâncias para seu bom funcionamento, e aí não sobra muita saída a não ser adoecer! Busque na Nutrigenética o caminho para a sua qualidade de vida, mas o mais importante é saber que suas escolhas na mesa são tão importantes quanto quaisquer outras decisões! Fonte: Livro - Dr. Mohamad Barakat

 
 
 

Comentários


bottom of page